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Pioneiros não usam mapas

  • Foto do escritor: Camila Giacomeli
    Camila Giacomeli
  • 18 de out. de 2022
  • 4 min de leitura

Pioneiros não usam guia de instruções.


Compartilho aqui, na íntegra, um texto que escrevi em 2016. Mesmo expressando um cenário passado, ainda é atual em sua essência na moral da sua história. Te convido a conhecer esta história e identificar na sua jornada algo parecido. Boa leitura!


Não sabem ao certo o que vão encontrar pela frente, se vai dar certo, se vai ser perigoso, se vão perder pessoas no meio do caminho, amigos, familiares, amores.

Não medem esforços para desbravar o desconhecido, para que, quem vier depois encontre as coisas melhoradas.


Gastam seus dias, horas e minutos tentando construir coisas com impacto positivo acreditando que estão criando condições de um mundo melhor, ou uma região, uma cidade ou até mesmo um bairro melhor.


Pioneiros são criaturas fortes que não estão ali pelo reconhecimento, mas pelas mudanças que empregam.


Uma certa vez, me disseram que essa história de Coworking não iria dar certo, que Foz do Iguaçu era pequena demais e não teria mercado para isso. Mesmo assim, com ajuda das pessoas fantásticas que estavam ao meu lado, e algumas ainda estão, “meti a cara” e fui. Deu medo, mas fui com medo mesmo. O sentimento era de desbravar o desconhecido, criar algo de impacto positivo, um ambiente, um ecossistema que favorecesse pessoas a empreenderem não somente novos negócios, mas também (poderia dizer principalmente) suas próprias vidas.


Hoje quase três anos do início desta jornada, que está apenas começando, já colho alguns frutos, alguns um tanto murchos e ressecados por falta de expertise para nutri-los, já outros fortes, robustos e vistosos porque a gente sempre aprende com os erros.

Há pessoas que me acompanham me dando forças e apoio desde o princípio, outras entraram neste barco para ajudar a remar a pouco tempo e já fazem a diferença. Pessoas que acreditam que é possível e que também querem ajudar a construir essa comunidade.


Porém há pessoas que, ou não entendem o papel dos pioneiros ou não tem coragem para subir no barco e ajudar a remar. Algumas não entendem que quanto mais remos ativos rumo a um objetivo em comum (desenvolvimento empreendedor e inovador da região) mais rápido chegaríamos lá, menos dor cada um sentiria e mais energia teríamos para celebrar os êxitos.


Ao mesmo tempo, há outras pessoas que só conseguem olhar para si. Mesmo vendo o esforço feito por muitos para desenvolver algo legal, prefere ficar em sua zona de conforto, olhando de fora e dando opiniões alheias aos reais problemas enfrentados pelos tão sonhadores, trabalhadores e determinados pioneiros e seus amigos. A maioria não faz ideia das aflições, medos, trabalhos, noites em claro, problemas para serem resolvidos, contas que precisam ser pagas, ações que eles fizeram e que falharam justamente por não ter um guia de instruções para seguir. Estas pessoas, de dentro de suas zonas de conforto, não fazem ideia das estratégias usadas, das tentativas que falharam, das inúmeras horas trabalhadas até chegarem onde estão e sem saber ao certo se estão fazendo a coisa como “tem que ser”.


Como estou na posição de desbravar o mercado local com um espaço de coworking, digo que me entristece as atitudes e posturas destas pessoas. Me entristece não no sentido d ficar preocupada com a opinião delas, mas porque se pensam e continuarem pensando assim, infelizmente, não vão contribuir para o desenvolvimento local. Há as que que ficam opinando sem saber o que se passa realmente, por simplesmente preguiça de procurar informação, mas há outras que têm ao seu alcance e de forma fácil todas as informações e mesmo assim preferem somente dar a sua “grande contribuição” a sociedade falando ou escrevendo que falta isso ou falta aquilo, ou que isso não está sendo trabalhado de forma a atender suas necessidades, ou o que fazem lá na cidade “x” é melhor.


Bom, já deu para perceber que isso é um desabafo, sim me deparo com algumas destas situações, mas também percebo os coworkers do IC enfrentando algumas.


Entendam que sugestões são sempre bem-vindas, desde que cheguem de forma sincera e com coerência e não simplesmente em forma de crítica negativa ou tentativa de apontar o erro do outro para tentar se sentir um “tantinho” mais qualificado. Empreendedores verdadeiros, principalmente os pioneiros (porque eles sabem que possuem falhas das mais primitivas), procuram a melhoria contínua de seus trabalhos e não vão negar uma boa conversa para troca de experiências e aprender como continuar fazendo. Mas por favor, diminuir o trabalho dos outros seja lá por qual razão é sinal que você está no lugar errado, fazendo a coisa errada e que há uma fagulha dentro de você que clama por mudança.


Ao invés de achar defeitos, falhas ou fragilidades nos outros, descubra as suas e ao mesmo tempo descubra suas forças e junte-se a pessoas em lugares, empresas, situações, grupos onde você possa usar suas forças para apequenar seus traços falhos. E quem sabe você também se torne um pioneiro de algo impactante ou ajude um pioneiro a realizar um trabalho de qualidade.


Permita-se ser colaborativo e agregar valor na vida das pessoas.

 
 
 

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